sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Uma Dose de Literatura: @madubbb

Oi, coisas lindas da Darinha. O post de hoje é Uma Dose de Literatura pra apresentar vocês uma escritora e compositora maranhense e maravilhosa. Conheci os textos da Madu através do instagram e me apaixonei pela forma como ela descreve exatamente o que a gente sente. Sabe aquele tipo de texto que você se sente o eu lírico? Então. Madu também cria (ou retrata) histórias emocionantes. Quer ver uma?


"Nunca fui fã de promessas, não acreditava em alma gêmea e sequer em destino. O fato é que o conheci em uma festa chata onde as pessoas bebiam sem parar, pareciam-me solitárias e vazias, mas não vem ao caso. Ele tinha um bom papo, e foi por isso que deixei a conversa fluir. Conversamos sobre músicas, livros e economia... Eu só tinha 20 anos, e não queria acreditar que aquele cara era o amor da minha vida. Combinamos de sair e assim fizemos. Conheci a mãe dele no vigésimo encontro, ela foi um tanto gentil. Não queríamos dar nome ao que estava acontecendo. Nós não sabíamos o que estava acontecendo. Apenas sentíamos. Minha rotina tinha muito dele e meu CD preferido foi ele quem deu. Mas nem tudo é perfeito. E ele sumiu no dia 13 de outubro. Sim, não deixou recados, não disse "adeus" e nem sequer ligou. Não pude acreditar no que estava acontecendo e foi por isso que corri ao lago em que ele dizia ser seu lugar preferido, eu sabia que o encontraria por lá... Quando o vi foi como ter ar puro após minutos de sufoco. Chamei pelo seu nome e ele pediu que eu saísse. Não podia simplesmente deixá-lo ali, havia algo de errado. Tudo veio a tona depois de 20min de insistência. Câncer. Ele estava sendo traído pelo próprio corpo, e eu não sabia o que fazer. Não o abandonei por um instante sequer. Vivemos dois meses intensos, nele achei a paz que o mundo me tirava. Mas em janeiro ele partiu, enquanto eu cantarolava Caetano naquela sala de hospital. Eu o vi dando seus últimos suspiros, e ele parecia um anjo. Doeu, mas também me alegrou saber que ele morreu com a certeza de que eu o amava acima de tudo. Ainda sinto o cheiro dele por aí... E onde quer que ele esteja, mesmo tendo passado-se 3 anos, eu ainda o amo incondicionalmente. E não imagino o dia que não amarei. Ele permanece vivo em meu coração. E agora sei: o que tínhamos chama-se amor."

Além disso, Madu escreve versos nas paredes:








Pra quem quiser seguir a Madu, o user pessoal dela é @madubbb e o de textos é @mduescritos. Espero que assim como eu vocês amem os escritos dela.

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